De acordo com a organização, cerca de 50 mil pessoas participaram da cerimônia, entre elas, muitos bispos, padres, religiosos e religiosas. O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno, também esteve presente, assim como, o Governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia.
Durante os ritos iniciais da celebração, o Bispo da Diocese de Campanha (MG), Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, elevou a Deus louvores pela vida de Nhá Chica, reforçando que a santidade é a vocação principal de todos os cristãos. Em seguida, o bispo dirigiu-se ao Cardeal Amato recordando o pedido da Igreja local feito ao Santo Padre para a beatificação de Nhá Chica.
Dom Diamantino descreveu resumidamente a vida de Francisca, destacando a sua disposição em ajudar os que iam a ela e a sua devoção a Nossa Senhora. “Sou uma pobre analfabeta, mas oro com fé e Deus que me atende por intercessão de Sua Mãe, Nossa Senhora da Conceição”, disse Dom Diamantino, recordando uma frase de Nhá Chica.
Após ouvi-lo, o Cardeal Angelo Amato dirigiu-se ao bispo, como prevê o rito de beatificação, e fez a leitura da carta enviada pelo Sumo Pontífice, o Papa Francisco, concedendo a Nhá Chica o título de beata.
“Acolhendo o desejo do nosso Irmão Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, assim como de muitos outros irmãos no episcopado e de numerosos fiéis, tendo consultado a Congregação para as Causas dos Santos, declaramos por nossa autoridade apostólica que a Venerável Serva de Deus, Francisca de Paula de Jesus, leiga, virgem, mulher de assídua oração, perspicaz testemunha da Misericórdia de Cristo para com os necessitados do corpo e do espírito, doravante seja chamada beata, e a sua festa seja celebrada, nos lugares e da maneira estabelecida pelo direito, todos os anos no dia 14 de junho”, dizia o texto escrito pelo Papa Francisco.
Lida a carta de beatificação, o povo presente aclamou a nova beata brasileira, Francisca de Paula de Jesus, Nhá Chica. Ana Lúcia Meirelles, miraculada desta beatificação, levou emocionada, ao altar, as relíquias da nova beata.
Na homilia, o Cardeal Amato destacou as virtudes de Nhá Chica, razões que deram a ela o título de beata. Para ele, Francisca viveu neste mundo uma vida angélica, foi uma cristã que seguiu a Cristo, vivendo com heroísmo as virtudes, o amor a Deus e aos pobres.
“Testemunhas afirmam que ela rezava muito e que tinha sempre o Rosário nas mãos. Era adoradora do Santíssimo Sacramento e fiel contempladora da Paixão do Senhor; assídua à Missa, atenta à homilia do pároco; passava horas e horas em adoração diante do Tabernáculo. Fazia muitas penitências e mortificava-se. Era chamada 'mãe dos pobres'”, destacou Dom Amato.
Hoje, Nhá Chica recebe a veneração de muitos fiéis, de todas as partes do Brasil. Mas, segundo o cardeal, ela não fica contente somente em ser venerada, mas deseja, sobretudo, ser imitada. “Ela quer que sejamos como ela, verdadeiros discípulos de Jesus, seguindo e pondo em prática o Evangelho. Isto é o que todos nós devemos fazer. Também hoje a Igreja precisa de santos, estes são sua verdadeira coroa de glórias”.
O representante do Papa Francisco finalizou sua homilia convidando os fiéis a serem, como a beata Nhá Chica, o bom perfume de Cristo no mundo. “A beatificação de Nhá Chica é uma lição de vida cristã para todos nós”, conclui Dom Amato.
canção nova
Thierre barbosa
adm. do blog
Nenhum comentário:
Postar um comentário